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  • Foto do escritorCarlos Palmeiro

Perseguir uma marca: Menos de 40 minutos nos 10km

Em corrida, perseguir uma marca é sinónimo de perseguir um objetivo cujo alcance está forçosamente dependente de vários fatores. Neste desporto, como em todos os outros, ambicionar alcançar uma meta e uma determinada performance, implica um “trabalho” tão exigente quanto mais ambicioso for o objetivo que se pretende alcançar.


Da minha experiência na corrida tem resultado uma aprendizagem que me conduziu a entender o desporto como uma equação onde diversas variáveis devem encontrar os seus espaços: do treino à nutrição, do método à estratégia. Tempo para treinar e descansar e muita resiliência são a cola que une todas as variáveis que nos levam a acreditar em alcançar uma marca que antes julgávamos distante de alcançar ou até mesmo inalcançável.


É, portanto, indispensável chegar ao patamar desejado com boas sensações e sem as temidas lesões. Todos sabemos que a pressa é uma inimiga astuta da perfeição, por isso não devemos facilitar e enfrentar todo o processo, do treino às provas, com tranquilidade e inteligência.

O querer e o acreditar são fatores essenciais, mas a serenidade e a calma também. Tenho pautado a minha humilde evolução na corrida por estes princípios. Evoluir de uma forma sustentada, evitar lesões, evitar excessos, estar consciente que ser um atleta amador não é o mesmo que ser um atleta profissional e que métodos diferentes de treino se aplicam a ambas as abordagens.


Carlos Palmeiro Corrida Volkswagen 2019 Palmela
Corrida Volkswagen 2019, Palmela

O meu gosto pela corrida não depende, felizmente, de objetivos, eles são evidentemente parte essencial da prática desportiva, pois permitem manter o foco e a motivação. Por essa razão prefiro manter um calendário relativamente ambicioso de participações em provas e um plano de treinos à medida dos desafios a enfrentar. Para 2019 defini um conjunto de objetivos que passam pela superação de tempos em 4 distâncias distintas: 5km em <20m, 10km em <40m, Meia-Maratona em <1h30m e Maratona em <3h15m. O início do ano começou bem, consegui na primeira maratona do ano, em Sevilha, melhorar a minha marca, algumas semanas depois consegui nova melhor marca na meia-maratona, em Cascais. Nas últimas semanas foquei-me na distância dos 10km na tentativa de baixar dos 40 minutos. Parti para este ciclo com um tempo de 41m35s, não muito longe dos 40 minutos. Mas nisto da corrida, como já aprendi, os segundos fazem toda a diferença.


Defini então a participação em 4 provas de 10km entre 19 de maio e 10 de junho com o objetivo de me tornar “Sub 40” na distância. Este momento ficaria também marcado pela introdução de uma novidade importante no sentido de encontrar a minha evolução na corrida: passei a ter treino orientado por alguém que entende bastante do “assunto”. Escolhi o Ricardo Ribas, atleta com um vasto percurso no meio-fundo e no fundo em Portugal e que atualmente assume as cores do Sporting Clube de Braga. O “tema” é recente e merecedor de um post futuro onde explicarei o que me levou a tomar a decisão de procurar orientação para o treino. Para já, o que vos posso garantir, é que os resultados do treino orientado pelo Ricardo começam a dar os seus frutos: nunca me senti tão bem a correr. Mas, como disse, a seu tempo voltarei ao tema ...


Carlos Palmeiro Corrida Volkswagen 2019 Palmela
Corrida Volkswagen 2019, Palmela

Regressando ao objetivo de baixar dos 40 minutos nos 10km ... a 19 de maio, em Vendas Novas, começava o ciclo e consegui baixar o meu recorde pessoal em 6 segundos, o que considerei positivo, um ótimo e esperançoso começo. Nas duas provas seguintes, a 1 e 2 de junho, em Lisboa e Coruche respetivamente, piorei, o que era de esperar, foi deliberada e consciente a participação em duas provas com 12 horas de diferença entre ambas. Queria fazer as duas, é simples, sacrificar a performance foi o preço que paguei com prazer. Mais uma vez, fiquei aquém do objetivo de tempo, com marcas na ordem dos 42m30s. A derradeira oportunidade, no âmbito deste ciclo, foi a Corrida Volkswagen em Palmela, a 10 de junho. O resultado foi novamente um recorde pessoal, com um tempo de 40m52s, mas, como resulta evidente, o objetivo terminaria por não ser alcançado. Avalio, no entanto, este ciclo de forma bastante positiva: 4 boas tentativas, boas sensações e recorde pessoal “derrubado” duas vezes. Não está mal. Sei que um dia destes conseguirei.


Em resumo, estou muito agradado com a minha prestação desportiva ao longo da primeira metade do ano, mas na realidade nenhum dos objetivos para o ano se encontram ainda superados. O positivo de tudo isto: Foco e motivação continuem em níveis elevados porque o melhor, ainda está para vir!


Trabalho, dedicação, sacrifício, conhecimento e muito treino é o que há para fazer. A tudo isto, não viro as costas.


Até breve. Bons treinos e boas corridas.

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