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  • Foto do escritorCarlos Palmeiro

Corro. Mas exatamente para quê?

Para que corro? Para que corremos? Eu corro para estar em boa forma física, corro para me superar, corro para atingir objetivos desportivos, corro para viajar, corro porque correr me faz bem e corro porque me equilibra, tornando-se um fator de felicidade e bem-estar sem paralelo em qualquer outra atividade que pratique.

Corremos por todos os motivos possíveis e cada um de nós, aqueles e aquelas que decidimos levar o amadorismo um pouco mais a sério, encontrará as suas motivações pessoais que permitem que exista evolução na modalidade e a superação de objetivos.

Poderia acrescentar que também corro por ser um maratonista amador português. É que os portugueses estão a dar que falar no mundo da corrida e da maratona em especial. Um estudo recente realizado pelo portal Run Repeat, em colaboração com a Federação Internacional de Atletismo (IAAF), indicou que o segundo país do mundo com maior crescimento de maratonistas amadores em 2018 foi Portugal. O país com maior crescimento na modalidade foi a Índia e o terceiro a Irlanda. Isto “prova” que os portugueses são gente que comprovadamente adora desafios. Os desafios estão-nos na alma e nos genes e não é de agora, como sabemos. Há mais de 500 anos já desbravávamos o mundo através de assinaláveis maratonas marinhas. Começamos por “descobrir meio mundo” e ainda hoje quando, em alguma parte do planeta, há um desafio a superar, Portugal está lá! Exemplo disso - não é dificíl encontrar exemplos - pude constatar na minha primeira maratona de 2019, a Zurich Maratón de Sevilla. A prova contava com 13899 inscritos e, segundo a organização, 738 eram portugueses, a maior representação estrangeira na prova, tornando esta a terceira maratona mais participada por portugueses, depois do Porto e Lisboa.

Carlos Palmeiro Zurich Maratón de Sevilla 2019
Zurich Maratón de Sevilla 2019

Há, no entanto, algumas questões que me surgem quando vislumbro um país onde tantos atletas amadores iniciam as suas façanhas desportivas maratona-a-dentro. Quando em 2015 experimentei a corrida de uma forma um pouco mais “organizada” tentei ter em mente que a adaptação a este desporto tinha de ser gradual. Não faltam referências de especialistas que indicam o quão errado são os comportamentos dos iniciantes na modalidade que ao fim de poucas semanas de treino embarcam em provas como a Meia-Maratona ou a Maratona. Resultam desses comportamentos situações potencialmente arriscadas, nomeadamente lesões que podem ser particularmente graves. Preparei a primeira Maratona com mais de 1 ano de antecedência, com mais de 1000 quilómetros de treinos e quando aconteceu, funcionou e foi puro prazer. Resultou então claro que terei seguido o método mais adequado.


Mas corro para quê afinal? Simples, para correr muito mais!


Até breve. Bons treinos e boas corridas.

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